sábado, 25 de junho de 2016

Liturgia Diária Comentada 25/06/2016 sábado

12ª Semana do Tempo Comum - 4ª Semana do Saltério
Prefácio próprio - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano “C” Lucas

Antífona: Salmo 27,8-9 O Senhor é a força de seu povo, fortaleza e salvação do seu ungido. Salvai, Senhor, vosso povo, abençoai vossa herança e governai para sempre os vossos servos.

Oração do Dia: Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

Primeira Leitura: Livro das Lamentações 2,2.10-14.18-19

O Senhor destruiu sem piedade todos os campos de Jacó; em sua ira deitou abaixo as fortificações da cidade de Judá; lançou por terra, aviltou a realeza e seus príncipes. Sentados no chão, em silêncio, os anciãos da cidade de Sião espalharam cinza na cabeça, vestiram-se de saco; as jovens de Jerusalém inclinaram a cabeça para o chão. 

Meus olhos estão machucados de lágrimas, fervem minhas entranhas; derrama-se por terra o meu fel diante da arruinada cidade de meu povo, vendo desfalecerem tantas crianças pelas ruas da cidade. Elas pedem às mães: “O trigo e o vinho, onde estão?” E vão caindo como derrubadas pela morte nas ruas da cidade, até expirarem no colo das mães. Com quem te posso comparar, ou a quem te posso assemelhar, ó cidade de Jerusalém? A quem te igualarei, para te consolar, ó cidade de Sião? Grande como o mar é tua aflição; quem poderá curar-te?

Teus profetas te fizeram ver imagens falsas e insensatas, não puseram a descoberto a tua malícia, para tentar mudar a tua sorte; ao contrário, deram-te oráculos mentirosos e atraentes. Grite o teu coração ao Senhor, em favor dos muros da cidade de Sião; deixa correr uma torrente de lágrimas, de dia e de noite. Não te concedas repouso, não cessem de chorar as pupilas de teus olhos. Levanta-te, chora na calada da noite, no início das vigílias, derrama o teu coração, como água, diante do Senhor; ergue as mãos para ele, pela vida de teus pequeninos, que desfalecem de fome em todas as encruzilhadas. - Palavra do Senhor.

Comentário: O pano de fundo deste quadro dramático é o contraste entre falsa esperança e esperança autêntica. A primeira, objeto da pregação dos falsos profetas, baseava-se na lisonja. É fácil seguir a corrente e embalar a ilusão popular numa segurança humana em que tudo "se explica", e as soluções mirabolantes estão ao alcance de um vago povo. A verdadeira esperança, vinda de Deus, é uma atitude muito realista, que não tem medo de dar às situações seu verdadeiro nome e tem sempre Deus como fator principal. Não tem medo de rever as próprias posições e mudar o que deve ser mudado. Na hora do silêncio de Deus (para o enorme fracasso do homem), o autor convida a “compreender” a dor como momento do encontro com o Senhor na história. Desfeitas as pequeninas esperanças, estamos disponíveis a um encontro com o Deus da verdadeira esperança. A esperança cristã não é resignação, ilusão, falsa segurança, otimismo ingênuo.  Leva-nos a lutar por um mundo melhor, que esse mundo não é uma ilusão que se deve substituir à dura realidade bem conhecida, porém é algo mais “real” ainda, porque já iniciado em Cristo, no “reino de Deus, presente entre vós”. (Missal Cotidiano)

Salmo: 73,1-2. 3-4. 5-7. 20-21 (R. 19b)

Não esqueçais até o fim a humilhação dos vossos pobres.
Ó Senhor, por que razão nos rejeitastes para sempre e vos irais contra as ovelhas do rebanho que guiais? Recordai-vos deste povo que outrora adquiristes, desta tribo que remistes para ser a vossa herança, e do monte de Sião que escolhestes por morada!

Dirigi-vos até lá para ver quanta ruína: no santuário o inimigo destruiu todas as coisas; e, rugindo como feras, no local das grandes festas, lá puseram suas bandeiras vossos ímpios inimigos.

Pareciam lenhadores derrubando uma floresta, ao quebrarem suas portas com martelos e com malhos. Ó Senhor, puseram fogo mesmo em vosso santuário! Rebaixaram, profanaram o lugar onde habitais!

Recordai vossa Aliança! A medida transbordou, porque nos antros desta terra só existe violência! Que não se escondam envergonhados o humilde e o pequeno, mas glorifiquem vosso nome o infeliz e o indigente!

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 8,5-17

Naquele tempo, quando Jesus entrou em Cafarnaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: “Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia”. Jesus respondeu: “Vou curá-lo”. O oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. Pois eu também sou subordinado e tenho soldados sob minhas ordens. E digo a um: ‘Vai!’, e ele vai; e a outro: ‘Vem!’, e ele vem; e digo a meu escravo: ‘Faze isto!’, e ele faz”.

Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó, enquanto os herdeiros do Reino serão jogados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes”.

Então, Jesus disse ao oficial: “Vai! E seja feito como tu creste”. E, naquela mesma hora, o empregado ficou curado. Entrando Jesus na casa de Pedro, viu a sogra dele deitada e com febre. Tocou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela se levantou, e pôs-se a servi-lo. Quando caiu a tarde, levaram a Jesus muitas pessoas possuídas pelo demônio. Ele expulsou os espíritos, com sua palavra, e curou todos os doentes, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: “Ele tomou as nossas dores e carregou as nossas enfermidades”.  - Palavra da Salvação.

Comentários:

Ele tomou as nossas dores e carregou sobre si as nossas enfermidades. Jesus é solidário com todos os que sofrem e é sempre uma presença de amor em suas vidas. A sua presença manifesta o amor que Deus tem pelo gênero humano. Quem tem fé verdadeira é sempre capaz de ver a presença de Jesus na sua própria vida, principalmente nos momentos de sofrimento e de dor, e sente os efeitos dessa presença amorosa. O verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que manifesta a todos os que sofrem esta presença e esta solidariedade de Jesus, e o faz através do serviço, ou seja, tornando-se ele próprio uma extensão do braço amoroso de Jesus que atua nos momentos difíceis da vida de todos. (CNBB)

Um traço característico da ação de Jesus foi a sua solidariedade com os pobres e sofredores. O Evangelho recorre à figura do Servo de Javé, descrita por Isaías, para compreender este aspecto do ser de Jesus. Referindo-se a este Servo, o profeta constatava: "Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e assumiu nossas doenças". Tomou o lugar dos sofredores, aceitando expiar-lhes as culpas e pecados, já que a doença era interpretada como uma forma de punição divina devida a alguma ofensa feita a Deus. A isto se dá o nome de sacrifício vicário. A ação de Jesus espelha-se na solidariedade do Servo. Existe, porém, uma diferença entre ambos. Jesus cuidou de eliminar tudo quanto massacrava o ser humano, privando-o de sua dignidade. Sua ação libertadora visava restaurar a humanidade, oprimida pelas doenças e enfermidades, e seus respectivos preconceitos, em suma, o ser humano oprimido pelo mal. Assim, a ação de Jesus foi mais efetiva do que o sacrifício vicário do Servo. A solidariedade do Mestre colocou-o em contato com toda sorte de pessoas atribuladas: o soldado romano, a cuja casa predispôs-se a ir, para curar-lhe o servo, embora ambos fossem pagãos; a sogra de Pedro, cuja mão tocou, para curá-la da febre, embora o preconceito dos rabinos contra as mulheres impedisse um tal gesto; os possessos, endemoninhados e enfermos, aos quais curou com uma palavra cheia de poder. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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