13ª Semana do Tempo Comum - 1ª Semana do Saltério
Prefácio dos domingos comuns - Ofício dominical comum
Glória e Creio - Cor: Verde- Ano “C”
Lucas
Antífona: Salmo 46,2 - Povos todos, aplaudi e aclamai
a Deus com brados de alegria.
Oração do Dia: Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei
que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a
luz da vossa verdade. Por nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Primeiro Livro dos
Reis 19,16b.19-21
Naqueles dias,
disse o Senhor a Elias: vai e unge Eliseu, filho de Safat, de Abel-Meula, como
profeta em teu lugar. Elias partiu dali e encontrou Eliseu, filho de Safat,
lavrando a terra com doze juntas de bois; e ele mesmo conduzia a última. Elias,
ao passar perto de Eliseu, lançou sobre ele o seu manto. Então Eliseu deixou os
bois e correu atrás de Elias, dizendo: "Deixa-me primeiro ir beijar meu
pai e minha mãe, depois te seguirei". Elias respondeu: "Vai e volta!
Pois o que te fiz eu? Ele retirou-se, tomou a junta de bois e os imolou. Com a
madeira do arado e da canga assou a carne e deu de comer à sua gente. Depois
levantou-se, seguiu Elias e pôs-se ao seu serviço. - Palavra do Senhor.
Comentário: A história da salvação não é
a história de um Deus que intervém no mundo e na vida dos homens de forma
espalhafatosa, prepotente, dominadora; mas é uma história de um Deus que,
discretamente, sem se impor nem dar espetáculo, age no mundo e concretiza os
seus planos de salvação através dos homens que Ele chama. É como se Ele nos
dissesse como fazer as coisas, mas respeitasse o nosso caminho e Se escondesse
por detrás de nós. É necessário ter em conta que somos os instrumentos de Deus
para construir a história, até que o nosso mundo chegue a ser esse “mundo bom”
que Deus sonhou. Aceitamos este desafio? O relato da “vocação” de Eliseu não é
o relato de uma situação excepcional, que só acontece a alguns privilegiados,
eleitos entre todos por Deus para uma missão no mundo; mas é a história de cada
um de nós e dos apelos que Deus nos faz, no sentido de nos disponibilizarmos
para a missão que Ele nos quer confiar, quer no mundo, quer na nossa comunidade
cristã. Estou atento aos apelos de Deus? Tenho disponibilidade, generosidade e
entusiasmo para me empenhar nas tarefas a que Ele me chama? O chamamento de
Deus chega a Eliseu através da ação de Elias… É preciso ter em conta que,
muitas vezes, o desafio de Deus nos chega através da palavra ou da interpelação
de um irmão; e que, muitas vezes, é preciso contar com o apoio de alguém para
discernir o caminho e ser capaz de enfrentar os desafios da vocação. Finalmente,
somos chamados a contemplar a disponibilidade de Eliseu e a forma radical como
ele acolheu o desafio de Deus. A referência à morte dos bois, ao
desmantelamento do arado (cuja madeira serviu para assar a carne dos animais) e
ao banquete de despedida oferecido à família significa que o profeta resolveu
“cortar todas as amarras”, pois queria dar-se, radicalmente, ao projeto de
Deus. É esse corte radical com o passado e essa entrega definitiva à missão que
nos questiona e interpela. (Presbítero.com)
Salmo: 15(16),1-2a. 5.7-8.9-10.11(R.
5a)
Ó
Senhor, sois minha herança para sempre!
Guardai-me, ó Deus,
porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: "Somente vós sois meu Senhor:
nenhum bem eu posso achar fora de vós!" Ó, Senhor, sois minha herança e
minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos!
Eu bendigo o
Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o coração. Tenho sempre o
Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.
Eis por que meu
coração está em festa, minha alma rejubila de alegria, e até meu corpo no
repouso está tranquilo; pois não haveis de me deixar entregue à morte, nem
vosso amigo conhecer a corrupção.
Vós me ensinais
vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna
e alegria ao vosso lado!
Segunda Leitura: Carta de São Paulo
aos Gálatas 5,1.13-18
Irmãos, é para a
liberdade que Cristo nos libertou. Ficai pois firmes e não vos deixeis amarrar
de novo ao jugo da escravidão. Sim, irmãos, fostes chamados para a liberdade.
Porém, não façais dessa liberdade um pretexto para servirdes à carne. Pelo
contrário, fazei-vos escravos uns dos outros, pela caridade. Com efeito, toda a
lei se resume neste único mandamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Mas,
se vos mordeis e vos devorais uns aos outros, cuidado para não serdes
consumidos uns pelos outros. Eu vos ordeno: procedei segundo o Espírito. Assim,
não satisfareis aos desejos da carne. Pois a carne tem desejos contra o
espírito, e o espírito tem desejos contra a carne. Há uma oposição entre carne
e espírito, de modo que nem sempre fazeis o que gostaríeis de fazer. Se, porém,
sois conduzidos pelo Espírito, então não estais sob o jugo da lei. - Palavra do Senhor.
Comentário: Os homens do nosso tempo têm
em grande apreço esse valor chamado “liberdade”; no entanto têm,
frequentemente, uma perspectiva demasiado egoísta deste valor fundamental.
Quando a “liberdade” se define a partir do “eu”, identificasse com
“libertinagem”: é a capacidade de “eu” fazer o que quero; é a capacidade de
“eu” poder escolher; é a capacidade de “eu” poder tomar as minhas decisões sem
que ninguém me impeça… Esta liberdade não gera, tantas vezes, egoísmo,
isolamento, orgulho, autossuficiência e, portanto, escravidão? Para Paulo, só
se é verdadeiramente livre quando se ama. Aí, eu não me agarro a nada do que é
meu, deixo de viver obcecado comigo e com os meus interesses e estou sempre
disponível – totalmente disponível – para me partilhar com os meus irmãos. É
esta experiência de liberdade que fazem hoje tantas pessoas que não guardam a
própria vida para si próprias, mas fazem dela uma oferta de amor aos irmãos
mais necessitados. Como dar este testemunho e passar esta mensagem aos homens
do nosso tempo, sempre obcecados com a verdadeira liberdade? Como explicar que
só o amor nos faz totalmente livres? Falar de uma comunidade (cristã ou
religiosa) formada por pessoas livres em Cristo implica falar de uma comunidade
voltada para o amor, para a partilha, para as necessidades e carências dos
irmãos que estão à sua volta. É isso que realmente acontece com as nossas
comunidades? Damos este testemunho de liberdade no dom da vida aos irmãos que
nos rodeiam? As nossas comunidades são comunidades de pessoas livres que vivem
no amor e na doação, ou comunidades de escravos, presos aos seus interesses
pessoais e egoístas, que se magoam e ofendem por coisas sem importância,
dominados por interesses mesquinhos e capazes de gestos sem sentido de orgulho
e prepotência? (Presbítero.com)
Evangelho de Jesus
Cristo segundo Lucas 9,51-62
Estava chegando o tempo de Jesus
ser levado para o céu. Então ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém
e enviou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram num
povoado de samaritanos, para preparar hospedagem para Jesus. Mas os samaritanos
não o receberam, pois Jesus dava a impressão de que ia a Jerusalém. Vendo isso,
os discípulos Tiago e João disseram: “Senhor, queres que mandemos descer
fogo do céu para destruí-los?" Jesus, porém, voltou-se e repreendeu-os.
E partiram para outro povoado.
Enquanto estavam caminhando,
alguém na estrada disse a Jesus: “Eu te seguirei para onde quer que
fores". Jesus lhe respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros têm
ninhos; mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça". Jesus disse
a outro: "Segue-me". Este respondeu: "Deixa-me primeiro ir
enterrar meu pai". Jesus respondeu: "Deixa que os mortos enterrem
os seus mortos; mas tu, vai anunciar o reino de Deus". Outro ainda lhe disse: "Eu te seguirei,
Senhor, mas deixa-me primeiro despedir-me dos meus familiares". Jesus,
porém, respondeu-lhe: "Quem põe a mão no arado e olha para trás, não
está apto para o reino de Deus". - Palavra da Salvação.
Comentários:
Lucas
começa por apresentar as “exigências” do “caminho”. O nosso texto apresenta,
nitidamente, duas partes, dois desenvolvimentos. Na primeira parte (vers.
51-56), o cenário de fundo situa-nos no contexto da hostilidade entre judeus e
samaritanos. Trata-se de um dado histórico: a dificuldade de convivência entre
os dois grupos era tradicional; os peregrinos que iam a Jerusalém para as
grandes festas de Israel procuravam evitar a passagem pela Samaria, utilizando
preferencialmente o “caminho do mar” (junto da orla costeira), ou o caminho que
percorria o vale do rio Jordão, a fim de evitar “maus encontros”. A primeira
lição de Jesus ao longo desta “caminhada” vai para a atitude que os discípulos
devem assumir face ao “ódio” do mundo. Que fazer quando o mundo tem uma atitude
de rejeição face à proposta de Jesus? Tiago e João pretendem uma resposta
agressiva, “musculada”, que retribua na mesma moeda, face à hostilidade
manifestada pelos samaritanos (a referência ao “fogo do céu” leva-nos ao
castigo que Elias infligiu aos seus adversários – cf. 2 Re 1,10-12); mas Jesus
avisa-os que o seu “caminho” não passa nem passará nunca pela imposição da
força, pela resposta violenta, pela prepotência (no seu horizonte próximo
continua a estar apenas a cruz e a entrega da vida por amor: é no dom da vida e
não na prepotência e na morte que se realizará a sua missão). Isto é algo que
os discípulos nunca devem esquecer, se estão interessados em percorrer o
“caminho” de Jesus. Na segunda parte (vers. 57-62), Lucas apresenta – através
do diálogo entre Jesus e três candidatos a discípulos – algumas das condições
para percorrer, com Jesus, esse “caminho” que leva a Jerusalém, isto é, que
leva ao acontecer pleno da salvação. Que condições são essas? O primeiro
diálogo sugere que o discípulo deve despojar-se totalmente das preocupações
materiais: para o discípulo, o Reino tem de ser infinitamente mais importante
do que as comodidades e o bem-estar material. O segundo diálogo sugere que o
discípulo deve despegar-se desses deveres e obrigações que, apesar da sua
relativa importância (o dever de sepultar os pais é um dever fundamental no
judaísmo), impedem uma resposta imediata e radical ao Reino. O terceiro diálogo
sugere que o discípulo deve despegar-se de tudo (até da própria família, se for
necessário), para fazer do Reino a sua prioridade fundamental: nada – nem a
própria família – deve adiar e demorar o compromisso com o Reino. Não podemos
ver estas exigências como normativas: noutras circunstâncias, Ele mandou cuidar
dos pais (cf. Mt 15,3-9); e os discípulos – nomeadamente Pedro – fizeram-se
acompanhar das esposas durante as viagens missionárias (cf. 1 Cor 9,5)… O que
estes ensinamentos pretendem dizer é que o discípulo é convidado a eliminar da
sua vida tudo aquilo que possa ser um obstáculo no seu testemunho quotidiano do
Reino. A nós, discípulos de Jesus, é proposto que O sigamos no “caminho” de
Jerusalém, nesse “caminho” que conduz à salvação e à vida plena. Trata-se de um
“caminho” que implica a renúncia a nós mesmos, aos nossos interesses, ao nosso
orgulho, e um compromisso com a cruz, com a entrega da vida, com o dom de nós
próprios, com o amor até às últimas consequências. Aceitamos ser discípulos,
isto é, embarcar com Jesus no “caminho de Jerusalém”? O “caminho do discípulo”
é um caminho exigente, que implica um dom total ao “Reino”. Quem quiser seguir
Jesus, não pode deter-se a pensar nas vantagens ou desvantagens materiais que
isso lhe traz, nem nos interesses que deixou para trás, nem nas pessoas a quem
tem de dizer adeus… O que é que, na nossa vida quotidiana, ainda nos impede de
concretizar um compromisso total com o “Reino” e com esse caminho do dom da
vida e do amor total? (Presbítero.com)
O
Reino apresenta-se, na vida das pessoas, como uma proposta a ser livremente
acolhida ou rejeitada. Jamais poderá haver coerção sobre o destinatário da
mensagem, sob pena de invalidar a opção que ele fez. É tentador querer levar as
pessoas a acolherem o Reino, independentemente de sua liberdade. Ou seja,
impô-lo à força! Sem liberdade plena, o Reino não chegará a fincar raízes
consistentes no coração humano, a ponto de transformá-lo em coração de
discípulo. A tentação de compelir as pessoas a abraçar o Reino pode levar o
discípulo a recorrer à violência, caso elas o rejeitem. Foi o que aconteceu com
os discípulos de Jesus em relação aos samaritanos. Porque se recusaram a
acolher Jesus, de passagem para Jerusalém, Tiago e João sugeriram ao Mestre que
mandasse fogo do céu para consumi-los, a exemplo do que aconteceu, no passado,
com as cidades impenitentes. Jesus censurou os dois discípulos, pois tinham uma
mentalidade contrária à sua. Eles pensavam que, com a destruição dos
samaritanos, pudessem dar uma lição a todos os demais impenitentes.
Enganavam-se! Esse castigo mortal daria a entender que o Deus anunciado por
Jesus era impaciente e incapaz de respeitar o ritmo das pessoas. Na verdade,
ele é um Deus paciente e misericordioso, pronto a esperar o momento de ser
livremente acolhido. (Padre Jaldemir
Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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