ORAÇÃO: Deus, nosso Pai,
os santos são testemunhas da ressurreição de vosso Filho Jesus. Pela fé
mostraram que aqueles que creem em vós viverão para sempre, porque sois um Deus
vivo e para os vivos. Essa também é a segurança e a certeza de nossa vida
presente: os nossos esforços, o nosso trabalho, a nossa luta em prol da
verdade, da paz e da justiça tudo o que fazemos e somos, tudo o que sonhamos e
projetamos, nossas dores e angústias, desencontros e adversidades, tudo em nós
e fora de nós, a morte e a vida, tudo ganha sentido em Jesus, vossa Ternura e
Misericórdia, presente e ressuscitado no meio de nós.
Os primeiros mártires romanos, martirizados em Roma em 64
durante o reinado de Nero, ao lado da comunidade hebraica florescente e
respeitada (Popéia, a mulher de Nero, era judia), vivia a exígua e pacífica
comunidade cristã guiada pelo príncipe dos apóstolos.
Por que Nero perseguiu os
cristãos com tanta ferocidade?
O historiador Cornélio Tácito nos oferece a explicação:
“Visto que circulavam boatos de que o incêndio de Roma havia sido doloso, Nero apresentou-os
como culpados, punindo com penas requintadíssimas aqueles que, obstinados por
suas abominações, eram chamados pelo vulgo de cristãos”.
Quais fossem suas culpas nós o sabemos muito bem: reuniam-se
nas noites de sábado para celebrar a eucaristia, na qual se fala de corpo e
sangue de Cristo dado como alimento aos fiéis.
O Martirológio romano diz:
“Em Roma, celebra-se o natal de muitíssimos
santos mártires que, sob o império de Nero, foram falsamente acusados do
incêndio da cidade e por sua ordem foram mortos de vários modos atrozes: alguns
foram cobertos com pêlos de animais selvagens e lançados aos cães para que os
fizessem em pedaços; outros, crucificados e, ao declinar do dia, usados como
tocha para iluminar a noite. Todos eram discípulos dos apóstolos e foram os
primeiros mártires que a santa Igreja romana enviou a seu Senhor antes da morte
dos apóstolos”.
A ferocidade com a qual Nero golpeou os inocentes cristãos
(o incêndio tinha sido provocado por sua ordem com o fim de reconstruir Roma com
base num grandioso projeto) não encontra obviamente a justificação do supremo
interesse do império. Aqueles pacíficos crentes em Cristo não constituíam
ameaça. A selvageria usada contra eles foi tal que provocou horror e piedade
nos próprios espectadores do circo.
“Agora se manifestou piedade”, escreve ainda Tácito, “mesmo
se tratando de gente merecedora dos mais exemplares castigos, porque se via que
eram eliminados não para o bem público, mas para satisfazer a crueldade de um
indivíduo”.
A perseguição durou três anos, e seu exórdio teve o mais
ilustre dos mártires: Pedro. A conclusão foi assinalada pela decapitação de São
Paulo.
Os apóstolos São
Pedro e São Paulo foram duas das mais famosas vítimas do imperador tocador de
lira, por isso a celebração dos mártires de Nero foi marcada para um dia após a
data que lembra o martírio de ambos. Porém, como bem nos lembrou o papa
Clemente, o dia de hoje é a festa de todos os mártires, que com o seu sangue
sedimentaram a gloriosa Igreja Católica Apostólica Romana.
Papa
São Clemente I:
“Nos
encontramos na mesma arena e combatemos o mesmo combate. Deixemos as
preocupações inúteis e os vãos cuidados e voltemo-nos para a gloriosa e
venerável regra da nossa tradição: consideremos o que é belo, o que é bom e o
que é agradável ao nosso criador”.
Fonte: paulinas.org.br - Os Santos de cada dia
Foto retirada da internet
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Fique com Deus e sob a
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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