13ª Semana do Tempo Comum - 1ª Semana do Saltério
Prefácio próprio - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano “C” Lucas
Antífona: Salmo 46,2 - Povos todos, aplaudi e aclamai
a Deus com brados de alegria.
Oração do Dia: Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei
que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a
luz da vossa verdade. Por nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Profecia de Amós
5,14-15.21-24
Buscai o bem, não o mal, para terdes mais vida, só assim o
Senhor Deus dos exércitos vos assistirá, como tendes afirmado. Odiai o mal,
amai o bem, restabelecei a justiça no julgamento, talvez o Senhor Deus dos
exércitos se compadeça do resto da tribo de José. “Aborreço, rejeito vossas
festas, diz o Senhor, não me agradam vossas assembleias de culto. Se me
oferecerdes holocaustos, não aceitarei vossas oblações e não farei caso de
vossos gordos animais de sacrifício. Livra-me da balbúrdia dos teus cantos, não
quero ouvir a toada de tuas liras. Que a justiça seja abundante como água e a
vida honesta, como torrente perene”. - Palavra do Senhor.
Comentário: O Concílio Vaticano II
introduziu na Igreja um alegre fermento de renovação. A primeira a
beneficiar-se dele foi a liturgia. A missa dominical tornou-se mais
"festiva"; a assembleia reunida pela palavra de Deus compreendeu ser
convidada a "fazer" algo e não simplesmente a "assistir" a um
rito quase incompreensível. Esse "fazer algo" é substancialmente
tomar consciência de ser parte do povo, de Deus, pôr-se realmente em comunhão
com esse povo viver sua vida, quer na celebração, quer nas obras de justiça e
caridade; convencer-se de que celebrar a Eucaristia é renovar a ação salvífica
de Cristo a serviço do mundo. Isto requer esforço de todos os dias. Colaborando
com todas as forças para que no mundo "jorrem como água o direito e a
justiça, como fonte perene" (v. 24). (Missal Cotidiano)
Salmo: 49, 7. 8-9. 10-11.
12-13. 16bc-17 (R. 23b)
A todos que
procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.
Escuta, ó meu povo,
eu vou falar; ouve, Israel, eu testemunho contra ti: Eu, o Senhor, somente eu,
sou o teu Deus!
Eu não venho
censurar teus sacrifícios, pois sempre estão perante mim teus holocaustos; não
preciso dos novilhos de tua casa nem dos carneiros que estão nos teus rebanhos.
Porque as feras da
floresta me pertencem e os animais que estão nos montes aos milhares. Conheço
os pássaros que voam pelos céus e os seres vivos que se movem pelos campos.
Não te diria, se
com fome eu estivesse, porque é meu o universo e todo ser. Porventura comerei
carne de touros? Beberei, acaso, o sangue de carneiros?
Como ousas repetir
os meus preceitos e trazer minha Aliança em tua boca? Tu que odiaste minhas
leis e meus conselhos e deste as costas às palavras dos meus lábios!
Evangelho de Jesus
Cristo segundo São Mateus 8,28-34
Naquele, tempo, quando
Jesus chegou à outra margem do lago, na região dos gadarenos, vieram ao seu
encontro dois homens possuídos pelo demônio, saindo dos túmulos. Eram tão
violentos, que ninguém podia passar por aquele caminho. Eles então gritaram: "Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Tu
vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?". Ora, a certa distância deles,
estava pastando uma grande manada de porcos. Os demônios suplicavam-lhe:
"Se nos expulsas, manda-nos para a manada de porcos". Jesus disse: "Ide". Os
demônios saíram, e foram para os porcos. E logo toda a manada atirou-se monte
abaixo para dentro do mar, afogando-se nas águas. Os
homens que guardavam os porcos fugiram e, indo até a cidade, contaram tudo,
inclusive o caso dos possuídos pelo demônio. Então a cidade toda saiu ao
encontro de Jesus. Quando o viram, pediram-lhe que se retirasse da região
deles. - Palavra
da Salvação.
Comentários:
Apesar
de toda evidência do amor de Jesus, existem pessoas que não o aceitam, e fazem
isso porque consideram a aceitação de Cristo e de suas exigências como perda de
algo a que estão apegados como uma verdadeira idolatria. Para os gadarenos,
parece que é melhor ficar com os porcos, mesmo que seja com o diabo junto, do
que aceitar um irmão resgatado e reconhecer a manifestação do amor salvífico de
Deus. De fato, rejeitar Jesus em vista de algum bem material constitui-se em
uma atitude diabólica, uma verdadeira idolatria. (CNBB)
O
incidente com a vara de porcos, em território pagão, esconde uma temática
teológica, retrabalhada pelo evangelista a partir de um motivo folclorístico,
com traços de comicidade: o Filho de Deus venceu o mal, libertando a humanidade
do poder demoníaco. Os espíritos malignos, tendo-se apoderado dos dois
gadarenos, tornaram-nos refratários a Jesus, levando-os a rejeitar sua
presença. Insociáveis e violentos, esses homens viviam no mundo da morte, pois
moravam nos sepulcros, seu lugar de habitação, tendo sido reduzidos a um estado
de total desumanização. A presença de Jesus reverteu este quadro. Era
impossível que ele ficasse impassível diante de uma situação tão deplorável!
Sua atitude imediata foi libertar os gadarenos, ordenando aos demônios que
voltassem para o mundo da impureza, simbolizada pelos porcos presentes nas
imediações. Foi deles a iniciativa de pedir para serem mandados para lá.
Afinal, os homens tinham sido recuperados para a vida, libertados do mal. Os
habitantes de Gadara não foram capazes de reconhecer o poder de Jesus. Um misto
de medo, confusão e ressentimento pela perda dos porcos apoderou-se deles. Por
isso, pediram que ele se retirasse de seu território. Em todo caso, doravante
os dois homens miraculados seriam um símbolo vivo do poder libertador do
Messias Jesus. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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